domingo, 27 de maio de 2012

Concepção e Prática em Educação Musical: noções elementares da música

Profa. Débora e cursistas
  Olá pessoal! Aqui é a professora  Débora. Faço aqui um breve relato da última formação (PROFAMMES), ocorrida no dia 16 de maio. A Profa. Delmary fez um feedback das atividades desenvolvidas até o presente momento, mostrando neste blog os registros da formação e narrativas suscitadas. Disse também, que o livro didático com apoio de áudio será ofertado aos professores no Congresso de Artes que se realizará nos dias 09, 10, 11 de agosto.

Profa. Tereza e aluna Flávia
Tivemos a grata satisfação de abrir a formação com uma apresentação de canto e violão da aluna Flávia que faz parte do projeto de violão da EMEB Paraíso sob a coordenação da Profa. Tereza. A música apresentada, "Anunciação", foi utilizada como referência para explicar, na prática, o texto da unidade 2 que trata das noções elementares da música. A cada momento que apresentávamos noções de música como: melodia, harmonia, ritmo, parâmetros sonoros, estes eram tratados em forma de discurso sonoro. O autor inglês Keith Swanwick considera que existem três princípios que devem guiar a educação musical e os professores de música, são eles: (1) considerar a música como discurso; (2) considerar o discurso musical dos alunos; (3) fluência no início e no final. Isso significa considerar o discurso musical da aluna Flávia e do da própria música, tanto no que se reporta a  letra, quanto a melodia, acordes e o ritmo escolhido. A aluna disse que: "uso o cap trast para mudar o tom, porque assim minha voz fica melhor".
Em seguida, a Profa. Delmary apresentou a mesma música com os elementos musicais separados, isto é, enquanto a aluna Flávia tocava apenas a harmonia, os professores faziam, nas palmas, o ritmo. Em outro momento, um grupo de professores fazia a melodia da música e outro grupo fazia o ritmo. Criamos também um efeito vocal com a harmonia dos acordes tocados no violão. Além disso, trabalhamos a interpretação da letra, observando as nuances, a intensidade dos sons, a duração, enriquecendo, dessa forma, a interpretação da prática vocal e instrumental.
Prof. Cardoso
Conforme o relato do Prof. Cardoso, "essa aula é fundamental pra gente entender como fazer música, e nós que trabalhamos". 
Na sequencia or Prof. disse ainda que: "os textos e as práticas trabalhadas são necessárias para que o professor possa ter conhecimento dos elementos musicas. Esse estudo tem como objetivo levar o professor a ter uma acuidade auditiva mais complexa, sabendo dessa forma discernir timbres, altura, intensidade e duração dos sons dentro de uma música. Dessa forma o nosso trabalho se torna mais rico em sala de aula e a produção com alunos pode ser vivenciada de forma mais rica".


Profa. Élida
 A Prof. Élida fez um leitura do texto estudado pelos professores durante a semana, e, todos, a seu tempo, comentavam sobre dúvidas, questionamentos, e suas experiências  em sala de aula.  Em seguida, os professores criaram uma paisagem, uma textura e um conto sonoro com os sons que envolvia os elementos musicais.





A cozinha dos sons
A festa na floresta

Por fim, os professores levaram para casa uma atividade extra para ser apresentado e narrado no próximo encontro. Nessa atividade, os professores  devem escolher uma música de sua preferência e realizar uma escuta ativa. 



domingo, 13 de maio de 2012

I Congresso de Artes: Diversidade Criativa

Nos dias 9,10 e 11 de agosto de 2012 realizaremos em Sinop/MT, o I Congresso de Artes cujo tema será a "DIVERSIDADE CRIATIVA" nas artes.  Esse Congresso é uma parceria entre as Secretarias Municipal de Educação  e a da Diversidade Cultural de Sinop/MT. Além disso, contamos com o apoio da Unemat - campus de Sinop que contribuirá  na publicação dos trabalhos aprovados pelo comitê científico do evento.                                                                                                                                                 

O tema "Diversidade Criativa " foi escolhido pelo comitê organizador como um desdobramento da temática  do  V Congresso Mundial de Comunicação e Artes realizado em Portugal em abril deste ano. O tema deste congresso: "Além da arte, além de humanidades, além da tecnologia: uma nova criatividade", nos inspirou a  pensar na missão do nosso congresso. 
Sabemos que Sinop é um município que se destaca no cenário nacional, estadual e regional pela sua diversidade cultural. É, também, um município que agrega vários segmentos da área artístico-cultural. Dentre essas áreas destacamos a música com suas diversas modalidades. Apesar de Sinop se destacar nessa área com artístas e atividades musicais de qualidade faltam, na cidade, projetos que atendam de forma mais ampla a classe estudantil. Foi pensando nisso que partilhamos de uma ideia conjunta com nossos pares e gestores políticos para que fosse proporcionado aos professores e estudantes um espaço rico de aprendizagens artísticas e culturais. Assim, este congresso tem como objetivo principal oportunizar a comunidade local, regional e estadual a apreciarem, manifestarem e executarem  as mais diversas formas de expressão em artes existentes em nosso município e em todo o Mato Grosso.

  A Diversidade Criativa nas artes nada mais é do que a variedade e a convivência de ideias, ligadas a conceitos e pontos de vistas diferentes. O tema do I Congresso de Artes está relacionado a uma diversidade de pessoas que poderão, neste encontro, dialogar e combinar variadas ideias e movimentação artística em prol da arte. Esse encontro de pessoas multifacetadas é semelhante a um caleidoscópio que significa "belo, bonito". Nesse sentido, as diferentes concepções estéticas dos participantes poderá enriquecer o evento como se cada uma fosse pequenos fragmentos de vidro colorido, que, através do reflexo da luz apresentam um agradável efeito visual.  O efeito, neste caso, é o resultado do acúmulo de conhecimento sob diferentes perspectivas, conceitos, abordagens e visões de mundo.

Pós-Graduação: Arte para alunos com NEE


 "Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino". (MÁRIO QUINTANA)

No dia 28 e 29 de abril de 2012, ministramos, eu Delmary Abreu e a Profa. Débora Vasconcelos, um disciplina no curso de pós-graduação em "Educação Especial: Atendimento Educacional ao Aluno com NEE".  O mote da aula foi as vivências musicais experenciadas pelos professores cursistas. Os professores envolvidos são licenciados, em sua maioria, em pedagogia e atuam com o ensino de arte nas escolas de educação básica no município de Sinop/MT. 
A proposta do nosso trabalho consistiu em fazer música de forma que os professores se apropiassem da linguagem musical. Essa apropriação se deu através da movimentação corporal, especialmente nos processos de sensibilização musical, para a compreensão dos elementos da linguagem musical. A construção in loco sonoro-musical levou os cursistas a refleterim sobre os modos de ensinar e aprender música.

Ao aprender a usar o corpo como recurso para o desenvolvimento das atividades musicais, os cursistas criaram situações de ensino procurando mesclar metodologias como de Emíle Dalcroze, Lucas Ciavatta, do grupo Barbatuques, entre outros. Para que os envolvidos com o fazer musical possam abstrair e representar a música mentalmente é necessário um mapeamento corporal dos sons (CIAVATTA, 2003). Portanto, e como afirma Kebach (2008, p. 14) "Música é arte e o corpo faz parte".

Referências Bibliográficas

CIAVATTA, Lucas.  O Passo: a pulsação e o ensino-aprendizagem de ritmo. Rio de Janeiro: L. Ciavatta, 2003.

KEBACH, Patrícia. Música é arte e o corpo faz parte: as relações entre movimento corporal e construção musical.  Revista da Abem n. 23, 2011. Porto Alegre/RS, mar. 2011.

terça-feira, 1 de maio de 2012

PROFAMMES - Legislação educacional: aula de música na escola

Olá Pessoal! Sou a Profa. Débora Vasconcelos.
Registro nesse espaço virtual os pontos trabalhados, por mim, na formação continuada de professores da Rede Municipal de Ensino de Sinop.
O encontro ocorrido no dia 25/04, na Escola de Governo contou com  a participação de 74 professores. Abaixo uma síntese dos pontos discutidos na Unidade 1:
1)  Ativ. 1 - Narrativas de si: compartilhando os relatos de vivências e experiências musicais ao longo da vida;

2) Ativ 2 - Discussão do texto: Educação Musical e Legislação Educacional, (Figueiredo, p. 10-16, 2011). Disponível em: <http://tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/16075508-Edu.Musical.pdf>;

3) Ativ 3 - Discussões sobre concepções do ensino de música escolar.


Resultados das Atividades desenvolvidas:

Ativ. 1 - Ao compartilhar as narrativas de si, os professores perceberam que, mesmo sem uma formação musical adquirida na universidade, a maioria possuia experiências musicais adquiridas ao longo da vida. Essas experiências foram trazidas em forma de lembranças de vivências realizadas em instituições como família, igreja e escolas. Ao narrar os professores reconstruiram trajetórias que, de alguma forma, evienciava alguns dos motivos do porquê estarem frequentando uma formação músico-educacional. Nas palavras de Patrícia "a música me acompanha desde pequena, e eu levo isso para a sala de aula ensinando os meus alunos a cantar". A professora Tereza narrou que "o meu trabalho na escola é com aquilo que aprendi de música, que é tocar violão". A professora Tereza disse, ainda, que gostaria de mostrar uma prática musical de um de seus alunos na próxima formação. Esse relato da professora evidencia que a formação em música é também um espaço para que o professor possa mostrar os resultados práticos obtidos na escola. Pois, como afirma a professora Vera "quem canta, quem toca, quer mostrar. A música é para ser mostrada".

Ativ. 2 - Nesta atividade, os professores associaram o texto de Figueiredo (2011), com o contexto educacional local. As discussões envolveram dúvidas como: quem poderá ensinar música na escola? O que ensinar? Se os projetos musicais existentes nas escolas municipais estão atendendo as normativas legais? O que o município está fazendo para implementar a Lei 11.769/2008?
Em síntese os professores presentes entendem que para atuar com o ensino de música na escola, o profissional deverá ter, ou passar por  uma formação técnica e pedagógica, mas principalmente entender de escola. Como uma das responsáveis por essa implementação do ensino de música, no município de Sinop, entendo que a formação que estamos realizando via Secretaria Municipal de Educação e Diversidade Cultural  sinaliza como um dos caminhos possíveis para que Sinop atenda e cumpra a referida Lei. Uma vez que o Art. 15 da Lei 9.394/96 prevê que a escola tem autonomia pedagógica,  concordo com os argumentos desenvolvidos pela Profa. Dra. Delmary Abreu  em sua tese que "são nas micro-ações dos professores e interesses comuns entre escola, alunos e professores que novas propostas e ações poderão ser implementadas". Ou seja, essas ações estão também, nas mãos da comunidade escolar.

Ativ. 3 -  Os professores se reuniram em grupo para discutir sobre a atividade proposta que segue, na íntegra, abaixo:

Olá professores! Bem vindos a formação em Artes/Música. Gostaríamos de saber o que vocês pensam sobre música, a importância da música nas escolas, o papel do pedagogo e professores de outras áreas nisso tudo, metodologias para o ensino de música, conteúdos a serem ensinados na educação básica, etc. Portanto, vocês deverão partilhar experiências com os colegas e relatar, pelo menos, dois tópicos para todos os presentes.
1. Um pequeno texto respondendo às seguintes perguntas: 
a. Qual seu envolvimento com música ( se toca algum instrumento, canta, se já estudou música na escola ou escola de música..etc)?
b. Você já utilizou ou utiliza a música em suas aulas? De que forma?
c. Qual a importância (ou quais as funções), para você, da presença da música na escola?
d. Quais as suas perspectivas em relação à essa formação específica na área?
2. Cada grupo fazer o relato unificado das concepções individuais que foram partilhadas e discutidas e apresentar em forma de relato oral.

Após, os professores partilharam as concepções do grupo sobre o ensino de música escolar. Dessa partilha percebi que a maioria dos professores utilizam a música de maneira interdisciplinar. Talvez, essa concepção está atrelada ao modo como os professores enxergam o espaço escolar, ou seja, que a música possui diferentes funções na escola ( ver livro organizado por Jusamara Souza intitulado como: O que faz a música na escola).

3. Por fim, foi realizada uma atividade musical denominada "o pulso". Nessa atividade os professores exploraram, através de jogos musicais, a percepção do pulso básico. O jogo consistia no seguinte: todos em círculo, e cada um, a seu tempo, fricciona as palmas das mãos como se fosse um gesto de arremesso de flechas. O pulso básico ocorre no primeiro tempo, neste caso do compasso quaternário. A seguir, espera-se os demais tempos de pausa (2,3,4) e em seguida, no tempo 1, repete o movimento, e assim sucessivamente.